Wepink: sócio de Virginia disse que empresa faz 13 mil vendas por dia em vídeo usado pelo MP em ação por supostas práticas abusivas
11/10/2025
(Foto: Reprodução) Vídeo do sócio de Virgínia dizendo que alta demanda causou atraso é usado pelo MP em ação
Um vídeo do sócio de Virgínia Fonseca, Thiago Stabile, diz que as vendas da WePink subiram de 200 mil para 400 mil por mês, o que contabiliza em 13 mil vendas por dia. O vídeo é de uma live dos sócios citada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) em ação por práticas abusivas da empresa (veja o vídeo acima).
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O g1 entrou em contato com a defesa da empresa, mas não obteve resposta. Nesta sexta (70), o advogado Felipe de Paula informou que a WePink ainda não foi citada legalmente e que a empresa não manifestará até que seja citada.
Quanto à autuação do Procon, o advogado da empresa informou que está tratando com o órgão para tentar a revogação da multa, pois continua dentro do prazo recursal.
Em nota enviada no dia da autuação do Procon, a defesa declarou que atualmente a empresa não tem atrasos frequentes e ressalta que a nota da WePink no Reclama Aqui é de 8.1 e o índice de resolução é de 93% (veja a nota completa ao final do texto).
Ação do MP por práticas abusivas
Vídeo do sócio de Virgínia na WePink dizendo que alta demanda causou atraso em entregas é usado pelo MP em ação por práticas abusivas
Reprodução/Titok de danny.dally7 e Reprodução/Instagram da WePink
A ação foi protocolada na quarta-feira (8), em conjunto com a autuação do Procon contra a WePink. A empresa de cosméticos teve 120 mil reclamações registradas em menos de 2 anos, segundo o MP. No vídeo, Stabile relatou que teve problemas de abastecimento em razão da alta demanda.
“Tivemos um problema de abastecimento porque a gente cresceu muito rápido. [...] De fato, demora algumas vezes porque algumas matérias-primas acabam, porque a gente vende muito, mas estamos resolvendo”, contou.
Diante dessas declarações e das reclamações dos consumidores, o MP aponta “má-fé empresarial” e "dolo na condução das vendas massivas”, já que houve declaração pública do aumento da demanda e da falta de matéria-prima para atender os pedidos. Segundo o órgão, a alta demanda aumentou a verba da empresa, o que possibilitaria a contratação de mais funcionários para atender os pedidos.
O órgão explicou ainda que a estratégia de ofertas-relâmpago, utilizada pela empresa, induz à compra impulsiva e explora a vulnerabilidade psicológica das pessoas. Além disso, o MP afirmou que o uso da imagem da Virgínia agravou isso, já que milhares de seguidores confiam em sua recomendação.
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Reclamações contra WePink
Na ação contra a empresa de cosméticos da Virginia, o Ministério Público apontou que a WePink já tem 30 mil reclamações registradas até a data da ação, ao longo do ano de 2025. Em 2024, a empresa acumulou 90 mil queixas. Segundo o órgão, o número total de reclamações pode chegar a 300 mil consumidores, considerando aqueles que não reclamaram oficialmente.
Élvio Vicente da Silva, promotor de justiça, ressaltou que consumidores também denunciaram a falta de entrega de produtos pagos, dificuldades na hora de solicitar o reembolso e um péssimo atendimento pós-venda.
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O MP listou as seguintes práticas abusivas contra a WePink:
Falta de entrega de produtos: consumidores que pagaram pelos produtos e nunca receberam;
Descumprimento de prazos: alguns atrasos ultrapassaram sete meses;
Dificuldade de reembolso: resistência da empresa em devolver valores pagos;
Atendimento deficiente: o sistema é automatizado, mas não resolve os problemas;
Exclusão de críticas: a empresa removeu comentários negativos nas redes sociais;
Produtos com defeito: os cosméticos chegam estragados na entrega e estão diferentes do enunciado.
WePink, de Virginia Fonseca, é autuada pelo Procon
Reprodução/Instagram da WePink
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