Mônica e Alberto Rassi Jr.: conheça história de família de origem libanesa que marcou o desenvolvimento da medicina em Goiás
10/10/2025
(Foto: Reprodução) Sr. Alberto Rassi Júnior e Mônica Rassi
Reprodução/Redes sociais
A morte dos primos Mônica Rassi e Alberto Rassi Júnior relembraram a importância da família Rassi para o desenvolvimento da medicina em Goiás. Descendentes de Abrão Rassi, membros da família investiram na saúde e no comércio, e deixaram o nome marcados na história de Goiânia.
De acordo com Luiz Rassi Jr., Abrão saiu do Líbano e chegou em Vianópolis, região sudeste de Goiás, em 1924, com cinco filhos. Sua esposa, Mariana Rassi, estava grávida do sexto filho. No Brasil, completaram a prole com nove filhos. Cinco deles se tornaram médicos: Alberto, Luiz, Anis, Raul e a Afif.
"Os nove filhos deram ao meu avô 42 netos e dois deles morreram no prazo de dois dias", disse Luiz Rassi Jr.
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Segundo Luiz, a formação da família é seu maior legado. "O legado do meu avô foi ter formado cinco filhos médicos e esses médicos formados outras dezenas de outros filhos e netos médicos," disse Luiz.
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Os primeiros empreendimentos
O grande responsável pela formação de médicos da família foi o Alberto Rassi, informou Luiz. O primeiro empreendimento foi a Casa de Saúde Dr. Rassi, inaugurada em 1942, onde todos os netos nasceram. Em 1960, os cinco filhos médicos inauguraram o Hospital Rassi.
Segundo Luiz, o hospital ficou muito grande para o tamanho de Goiânia e eles decidiram vendê-lo para o Governo Federal, o antigo INPS, o Sistema Único de Saúde (SUS) da época. O Hospital Rassi virou o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), informou Rassi.
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A família inaugurou logo depois o Hospital São Salvador. "Os filhos formaram como médicos e todos foram para lá, e aí ficou pequeno para todo mundo, cada um teve que ir para um canto," contou Luiz.
Anis Rassi, tio de Luiz, inaugurou o Hospital do Coração. Luiz é dono do CDI premium, um Centro de Diagnóstico por imagem. Ao g1, Luiz contou que na família é possível ter mais de 100 médicos.
Mônica e Alberto Jr.
Mônica Rassi formou em psicologia, direito e música e era defensora pública aposentada. Mônica exerceu o direito até se aposentar como defensora pública em Goiás.
Conforme a família, Alberto Rassi Jr. era um cirurgião talentoso que seguiu os passos do pai e deixou grandes contribuições para a medicina e a sociedade goiana.
Em entrevista ao g1, o endocrinologista Nelson Rassi, primo de Mônica e Alberto, disse que o médico dedicava boa parte do seu tempo a atividades de assistência social. Além disso, ele também realizava atendimentos e cirurgias de forma gratuita.
“Alberto não tinha apego à parte material, ele era muito humano. Eram duas pessoas que prestaram enorme serviço à sociedade, cada um na sua área”, disse o médico.
Em nota, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) lamentou a morte da ex-funcionária e se solidarizou com a família.
O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) também publicou uma nota lamentando as mortes e exaltando a importância da família para o desenvolvimento da medicina goiana.
“Trajetória que moldou parte essencial de sua própria identidade e também da medicina goiana” , diz o texto.
Relembre o caso
Mônica e Alberto, primos e filhos dos fundadores do Hospital Anis Rassi, morreram em Goiânia em dias consecutivos. Mônica faleceu na noite de quarta-feira (8) vítima de aneurisma da aorta torácica. Ela sentiu dores no peito e foi atendida no hospital da família, onde recebeu manobras de reanimação, mas não resistiu.
Segundo Nelson, Alberto morreu em casa na quinta-feira (9), de causas naturais. O médico foi encontrado sem vida em casa.
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