'Chaminés de fada': veja o que se sabe sobre estruturas raras de até 3 metros de altura encontradas no Brasil
11/10/2025
(Foto: Reprodução) Formações raras de ‘chaminés de fada’ em Goiás
As chamadas "chaminés de fada", identificadas no Nordeste de Goiás, despertaram atenção de especialistas pela dimensão, preservação e quantidade.
Segundo a geóloga Joana Paula Sánchez, coordenadora da avaliação técnica, a descoberta é inédita no Brasil por reunir, em uma mesma área, torres de até três metros de altura em grande número e totalmente preservadas.
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Joana explicou que já havia relatos de formações parecidas no Tocantins, mas em menor escala.
“No Brasil existem registros, mas são pequenos. O que encontramos aqui é diferente pelo tamanho, pela densidade e pela área estar inteirinha conservada, sem agricultura, sem turismo e sem gado”, destacou.
Local nunca foi usado para agricultura ou turismo, o que ajudou a preservar as formações em perfeito estado
Divulgação/Fabiane Gontijo
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O que se sabe até agora
Os trabalhos desenvolvidos pela UFG resultaram no primeiro mapeamento oficial de chaminés desse porte no país. Ainda não há publicação científica sobre o tema, mas um artigo está em preparação. “Esse é o primeiro levantamento formal dessas estruturas com essa dimensão no Brasil”, detalhou Joana.
Detalhes das ‘chaminés de fada’, formações rochosas raras descobertas em Goiás
g1/Arte
Atualmente, a região segue restrita a pesquisadores. A próxima etapa prevista é a medição detalhada da área com uso de drones e radares, marcada para janeiro de 2026. A intenção é dimensionar a extensão exata e compreender melhor o processo de formação das estruturas.
Potencial turístico e desafios de preservação
Para o turismólogo Luciano Guimarães, que atua na Secretaria de Turismo do Estado há 20 anos, o achado tem um potencial turístico gigantesco por estar entre dois grandes polos: a Chapada dos Veadeiros e o Parque Estadual de Terra Ronca. Mas ele faz um alerta: “Ainda não é um produto turístico, é apenas um recurso natural. Para virar atrativo, precisa de políticas públicas, governança municipal, infraestrutura, guias capacitados e preservação adequada.”
Estruturas chegam a ultrapassar 3 metros de altura e se destacam pelo formato esculpido pela erosão
Divulgação/Fabiane Gontijo
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